Frei: Os críticos de Merz interpretam mal deliberadamente sua declaração sobre a "paisagem urbana".

Berlim. O Ministro da Chancelaria, Thorsten Frei, acusou os críticos da declaração do Chanceler Friedrich Merz (CDU) sobre a "paisagem urbana" de interpretação deliberadamente equivocada. "Muita gente quis interpretá-lo mal", disse o político da CDU, Frei, no programa de entrevistas "Markus Lanz", da ZDF, transmitido na noite de quarta-feira. "Para mim, estava perfeitamente claro o que ele queria dizer. Ele estava apontando para as consequências da imigração descontrolada. E essas consequências são bastante óbvias."
A discussão sobre segurança pública e migração foi desencadeada pela declaração de Merz de que o governo federal estava corrigindo falhas passadas na política migratória e fazendo progressos, "mas é claro que ainda temos esse problema nas cidades, e é por isso que o Ministro Federal do Interior está trabalhando para viabilizar e realizar deportações em larga escala". Somente uma semana depois ele se tornou mais específico: os problemas eram causados por migrantes que não tinham residência permanente, não trabalhavam e não cumpriam as regras.

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Frei salientou que as declarações de Merz foram tiradas de contexto. A discussão girou exclusivamente em torno do impacto da "migração descontrolada". Questionado se o Ministro da Fazenda não havia coordenado suas declarações públicas previamente, Frei afirmou: "Acho muito revigorante termos um Ministro da Fazenda que fala com clareza, que diz o que acredita ser correto e que não submete suas palavras a algum tipo de filtro para serem suavizadas."
O chanceler também recebeu apoio de Boris Palmer, prefeito independente de Tübingen. Ele estava ciente de que não se tratava de todos os migrantes. "Na verdade, trata-se apenas de um grupo muito pequeno, porque a ligação com a deportação estava presente na citação; são pessoas que são legalmente obrigadas a deixar o país", explicou. Ele observou que houve uma mudança na paisagem urbana nos últimos anos, afetando particularmente "jovens desempregados sem autorização de residência". O problema foi ignorado por muito tempo.
Por isso, ele ficou "quase aliviado" por o Chanceler ter abordado o assunto, disse Palmer. "No entanto, foi mal executado." Merz deveria ter "acrescentado rapidamente que não se referia a todos os outros que têm origem migratória e pertencem à nossa sociedade", enfatizou o prefeito de Tübingen. "Acho que o debate, na verdade, nos fez avançar."
Belit Onay, prefeito do Partido Verde de Hanover, vê as coisas de maneira bem diferente. Os problemas de segurança nos centros urbanos não são novidade, afirma, mas a conexão feita por Merz com a migração e as deportações é injustificada. "Nenhum desses problemas — em Hanover, e acredito que em outras cidades também — será resolvido com deportações. E esse é o erro", explicou Onay. "O chanceler está sugerindo que, se deportarmos pessoas suficientes, tudo voltará ao normal." Mas as deportações não são a solução para a falta de moradia, os problemas com drogas ou a violência juvenil. "Precisamos encontrar outras abordagens", exigiu o político do Partido Verde.
RND/dpa
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